quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Em memória das vítimas do Holocausto

Mensagem da Diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, por ocasião do Dia Internacional de comemoração em memória das vítimas do Holocausto «Propaganda antissemita e holocausto: das palavras ao genocídio» 27 de janeiro de 2016 O genocídio dos Judeus da Europa, perpetrado pelo regime nazi e pelos seus colaboradores, remete-nos para a mais radical das perversões: a negação da humanidade no ser humano. Devido à sua suposta inferioridade racial, às suas ideias e outros motivos, vários milhões de pessoas foram perseguidos e mortos pelo regime nazi. Comemorar as vítimas é um dever comum da humanidade. É um apelo a «recordarmos juntos» e a partilharmos esta memória universal sem distinção de origens ou de religiões. Comemorar é também querer compreender os processos históricos e sociais que tornaram possível esta irrupção de violência, para impedir que se repitam na atualidade. Os nazis apoiaram-se nas mais avançadas tecnologias de comunicação do seu tempo para inculcar a sua ideologia racista e antissemita nos espíritos. A conquista do poder e o controlo de todos os meios de informação e de propaganda permitiu a legitimação do seu projeto radical de domínio fundado na hierarquia das «raças» e na negação da unidade do ser humano. A história do holocausto lembra-nos que há palavras que matam e que em cada matança em massa, existem sinais que fazem pressagiar a tragédia, discursos que carregam ainda mais ódio quando ficam sem resposta. Passados 70 anos, na era da Internet e dos media sociais, este poder da propaganda é mais devastador que nunca. Podemos observá-lo hoje em dia no Médio Oriente e noutros lugares do mundo, onde grupos extremistas utilizam massivamente a Internet e as ferramentas de comunicação, para difundir a sua ideologia criminosa, levar a cabo campanhas de terror contra as populações civis e minorias religiosas ou culturais. Estes grupos perpetram os seus crimes e as suas destruições para propagar o ódio à escala mundial. Contra as palavras que ferem e que matam, podemos também responder pela inteligência e pela voz da razão. Ousemos fazer frente ao racismo e ao antissemitismo. Não deixemos nunca a propaganda e a falsificação da história sem resposta. Não deixemos passar nenhuma das falsidades que alimentam o negacionismo. O ensino da história do holocausto deve servir de antídoto. Permite-nos antecipar os sinais anunciadores da violência radical. Pode ajudar-nos a reconhecer e a denunciar o antissemitismo sob todas as suas formas, inclusive quando se manifesta de forma insidiosa, nas teorias conspirativas ou na crítica sistemática e de ódio contra Israel. Este espírito da recordação, da prevenção e da vigilância guia a UNESCO no seu programa de ensino da história do holocausto e dos genocídios, único no seio das Nações Unidas, através da formação dos responsáveis educativos, da renovação dos métodos pedagógicos, dos programas educativos e dos manuais escolares. Neste dia, apelo a todos os Estados-membros para que participem neste esforço dando a conhecer melhor e de forma mais generalizada este capítulo da história nas escolas e nos meios de comunicação. Trata-se de um exercício complexo, pois o estudo do processo de genocídio confronta-nos com o pior da humanidade. Mas também nos permite descobrir a coragem e a clarividência daqueles que souberam ver chegar a tempestade e resistiram à barbárie. Em homenagem aqueles homens e mulheres, e em memória das vítimas, sejamos atores de uma memória ativa, virada para o futuro e comprometida com a igualdade de dignidade de todos os seres humanos, como fundamento da paz. Irina Bokova

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Vítimas do Holocausto

Dia Internacional da Lembrança do Holocausto É o dia internacional da lembrança das vítimas do Holocausto, o genocídio cometido pelos nazis e seus adeptos que ceifou a vida de milhões de judeus, dois milhões de ciganos, quinze mil homossexuais e milhões de outros durante a II Guerra Mundial. Foi designado o dia 27 de janeiro, pela resolução 60/7 da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1 de dezembro de 2005, durante a 42ª sessão plenária desta organização. A resolução veio após a sessão especial realizada em 24 de janeiro de 2005, durante a qual a Assembleia Geral marcou o 60º aniversário da libertação dos campos de concentração e do fim do Holocausto. 27 de janeiro é a data, em 1945, que marca a libertação do maior campo de extermínio nazista, Auschwitz-Birkenau, pelas tropas soviéticas.
Parafraseando Imre Kertész no seu discurso de atribuição do prémio Nobel em 2002: “O problema de Auschwitz não é o de saber se devemos manter a sua memória ou metê-la numa gaveta da História. O verdadeiro problema de Auschwitz é a sua própria existência e, mesmo com a melhor vontade do mundo, ou com a pior, nada podemos fazer para mudar isso”.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Elos de Leitura em Cartaz

Na sequência da informação já enviada sobre a 10 ª Edição da Semana da Leitura, o Plano Nacional de Leitura vem convidar as escolas a participarem no Concurso «Elos de Leitura em Cartaz». Propõe-se que, a par do prazer de ler, se criem momentos de reflexão em torno de questões atuais e determinantes, como a globalização e a necessidade de aprendermos a lidar com a complexidade de um mundo heterogéneo, desenvolvendo ELOS que suportem o entendimento entre os povos. A leitura suporta e ilustra a diferença, o pluralismo e a multiculturalidade, criando elos de informação e de compreensão que nos ajudam a lidar com a heterogeneidade da Humanidade e a aceitarmos valores universais, unindo-nos em torno dos direitos humanos, na construção de sociedades inclusivas. As escolas (sede) poderão participar no Concurso «Elos de Leitura em Cartaz» com um trabalho por nível/ciclo de educação e de ensino, conforme o Regulamento enviado em anexo. A inscrição deverá realizar-se através do preenchimento de um formulário próprio disponível no Sistema de Informação do Plano Nacional de Leitura (SIPNL). Os trabalhos a apresentar a concurso serão enviados para o endereço pnlconcursos@gmail.com.