quarta-feira, 13 de março de 2019

SEMANA DA LEITURA 2019

Textos das lendas apresentadas
1. - Lenda/História
Monte Farinha

         Num ano longíquo, em terras de Basto, existia um velho moleiro que ía ganhando a vida andando de aldeia em aldeia com o seu companheiro, um burro, que na sua carroça carregava um moinho e farinha.
            Quando chegava às aldeias os habitantes compravam a farinha para o pão ou trocavam por milhão que mais tarde seria convertido em farinha.
            Um certo dia, por teras de Mondim deparou-se com uma bonita senhora que caminhava sobre o sol abrasador, como parecia cansada o moleiro ofereceu-lhe boleia na sua carroça. Ao chegar a Mondim encontraram um grupo de mouros que os aguardavam com o intuitode os roubar. O burro do moleiro ía muito carregado e também já não ía para novo, então ao tentarem fugir a pata do burro ficou presa entre duas pedras e logo foram alcançados pelos ladrões, que de imediato mataram o moleiro.
            A senhora nesse instante dirigiu-se a uam pedra que havia no local e proferiu as seguintes palavras:
            – Abre-te, pedra! Faz-me esta graça!
            Como por magia a pedra abriu-se, a senhora entrou e a pedra voltou a fechar-se.
            Os mouros, ao verem tal coisa, fugiram assustados, deixando para trás tudo o que tinham roubado ao moleiro. O moinho continuou a moer sem parar e formou um grande monte de farinha. Os habitantes, ao verem tal acontecimento, ficarm muito espantados, atribuindo ao monte que existia no local o nome de Monte Farinha.
            Diz-se que a senhora ainda se refugia na Pedra Alta que existe junto ao Monte Farinha, escondendo-se dos mouros. Por este motivo foi mandada construir uma capelinha no cimo do monte à qual foi dada o nome de Senhora da Graça.


Joana Carolina Martins
7ºB   Nº12   
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2 . -
A lenda da moura encantada
O monte da sr. Graça tem muitas lendas, mas a que eu venho contar fala sobre uma moura encantada.
Reza a lenda que, numa enevoada manhã de S. João, um pequeno pastor que guardava o gado lá para as bandas dos Palhaços, viu uma enorme e estranha luz que quase o cegava completamente. Primeiro tentou fugir, mas como se a curiosidade fosse maior do que o medo, teve que olhar mais uma vez. Viu então uma linda e rica moura rodeada de tesouros, que o chamava irresistivelmente.
- Vem cá! Leva todo o ouro que quiseres, mas não contes a ninguém e sobretudo não olhes para trás!
O pequeno pastor assim o fez. Encheu o bornal e a coirada de ouro e partiu correndo pelo monte abaixo. Só que, a meio da descida, qualquer coisa mais forte do que ele o obrigou a olhar para trás e ver uma vez mais aquela luz maravilhosa. Depois de chegar a casa e ter contado o acontecido, abriu o bornal para mostrar o ouro aos familiares, mas o encanto tinha desaparecido: o ouro tinha-se transformado em escórias (rojões de ferro) e ainda hoje se encontram espalhadas pelo monte em grande quantidade, que o pequeno pastor deixou cair na sua corrida desenfreada para casa.
Trabalho realizado por Ana Luísa e Luís                   Nº:4 e 17    7ºB
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3. - Lenda do raio de sol
Numa das vertentes do monte, mais concretamente, na zona circundante ao menir da pedra alta morou uma estranha personagem, conhecida como «homem das corujeiras «, a quem eram atribuídos poderes misteriosos.
O nosso homem costumava deslocar-se à igreja milenar de Atei para assistir à missa dominical. Chegava, despia o capote e atirava com ele para um raio de luz que entrava por uma das frestas de granito. Miraculosamente, o capote ficava suspenso naquele raio de luz esplendoroso.

ROSA, 7º C, Nº 11 
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4. -LENDA DOS SALVADORES
Diziam os meus antepassados que, nestas terras que agora pisamos, vivia um feiticeiro que todos temiam. Quando furioso, deitava o seu ódio para fora, executando pessoas, destruindo casas. Pela primeira vez, um vulcão, que há muito tempo tinha sido desativado por outro feiticeiro, exprimiu a sua fúria. Como governador desta Terra, ele obrigava os habitantes a trabalhar nas Minas. Esta Terra parece pequena, mas em tempos passados era completamente coberta por ouro, as Minas rendiam muito e assim podiam comprar alimento.
Um dia os Habitantes pensaram e disseram “CHEGA DESTA ESCRAVIDÃO!” Como eles eram mestres em mensagens de fumo, pediram ajuda a um antigo Militar e ao seu exército. Eles eram conhecidos como os “Salvadores e “já tinham salvado muitas vilas. Então o Militar preparou as suas tropas, foram lutar contra o feiticeiro e levaram um pré-aprendiz de feiticeiro.
Depois de várias semanas a lutar, conseguiram derrotar o Feiticeiro e até encontraram o livro de feitiços do Antigo Feiticeiro. Mas o Vulcão era tão forte que tiveram de chamar os feiticeiros dos outros condados para conseguirem derrotá-lo. A partir daí, esta terra vive em Paz.

Lenda recolhida por Diogo Veloso, nº 5, 7.ºA
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5. - O TESOURO

Conta a história que, no alto da Senhora da Graça, existia uma mina onde os Mouros guardavam um grande tesouro. Eles passavam perto dessa mina para levar os animais a beber no rio Tâmega.
Com o passar do tempo e a extinção dos Mouros, conta-se que ficara uma serpente muito perigosa a guardar esse tesouro e que, até hoje, nunca ninguém lá conseguiu entrar.
Joana, 7.ºA
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6. - A lenda dos Mouros
Ao lado do alto da Sra. da Graça há outro monte que tem uma mina onde viviam os Mouros. Eles tinham medo de vir para a aldeia. Como naquele monte andavam várias pessoas com o seu gado, alguns desses Mouros foram-se habituando a elas.

Certo dia, um Mouro veio ter com uma idosa e passou algum do seu tempo com ela, enquanto ela pastoreava o seu gado. Ele trazia bastante dinheiro e pô-lo a secar em cima de um rochedo.

A idosa descobriu que ele tinha muitos piolhos e então começou a tirar-lhos. Entretanto, ele adormeceu no colo dela. Como o viu adormecido, a senhora encheu o seu avental com o dinheiro do Mouro e fugiu.

Quando ele acordou, deu por falta do dinheiro e da velha e foi a correr procurá-la. Quando a avistou ao longe, já a entrar na aldeia, teve medo de se aproximar e disse: ”Vai que, se não olhares para trás, levas riqueza para ti e para os teus até à 5.ª geração!”.

A velhinha, como já se via segura, olhou para trás e qual não foi o seu espanto quando, olhando para o avental, apenas viu carvão. Decidiu então deitá-lo ao chão.
O Mouro largou o medo, correu até lá e trouxe o seu dinheiro de volta.
Beatriz, n.º 1,7.ºA
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7. - Lenda da Senhora Maria de Paradança

 Há cerca de 50 anos, aconteceu um cenário na minha aldeia que chocou o povo.
Uma senhora de 60 anos de idade tinha um poder estranho.
As pessoas começaram a ter medo desta senhora Maria. Ela andava sempre descalça e gostava de ir ver os animais dos vizinhos nas suas cortes.
O mistério é que, cada vez que essa senhora olhava para um animal, o mesmo ficava logo doente e aparecia morto no dia seguinte.
Esta lenda começou com um porco. A senhora Maria olhou para o porco e o animal caiu logo para o chão doente. No dia seguinte já estava frio e sem vida.
A senhora Maria tinha esse poder no olhar mas não tinha qualquer maldade. Ela ficava triste pois adorava os animais e não lhes queria fazer mal.
Para não provocar doenças mortais nos animais, ela deixou de visitar as pessoas e ficou fechada em casa até morrer.
Ludi,7.ºC
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8. - «A História de Paradança»
O diabo e um grupo de pessoas andavam a batizar as aldeias, dançando e cantando alegremente.
Quando passaram por Campanhó, o Diabo disse:
-Alto! Aqui fica o vento!
Por ter dito isto, Campanhó é conhecida por ser uma terra muito ventosa.
Ao chegarem à minha aldeia, o Diabo falou em tom chateado:
-Alto e para a dança que alguém apalpou o rabo à minha filha!
Assim, foi dado o nome de Paradança à minha aldeia
                                                               Luna Dinis. N.º12, 7.ºA
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9. - Freiras exiladas em Atei

No reinado de D. Manuel I,
ao Convento de Santa Clara de Vila do Conde, um dos maiores e dos mais ricos mosteiros da Península Ibérica,
foi imposta a Regra de Observância. Esta tinha como objetivo disciplinar os conventos, impondo uma correção nos costumes, que na altura estavam degenerados e não se mostravam tementes a Deus.
Este comportamento das freiras era devido à falta de vocação, pois a maior parte delas entravam no convento por obediência aos pais, porque na época a paixão das famílias era terem um filho padre, clérigo ou uma filha freira.
O rei queria que as freiras permitissem que os Visitadores fossem periodicamente ao mosteiro, que elegessem uma Madre Abadessa de três em três anos e que aí ficassem instalados a observar.
As nobres freiras entenderam que não deviam aceitar esta imposição. A própria Madre Abadessa, D. Joana de Meneses,
parente dos Condes de Cantanhede e descendente dos fundadores deste convento, não acatou as ordens do rei. Como as freiras estavam habituadas a mandar e a serem obedecidas, resistiram e quando o bispo se apresentou no mosteiro foi necessário arrombar as portas e prender as freiras.
Por ordem do rei D. Manuel, a Madre com um grupo de freiras revoltosas foram obrigadas a recolher-se longe de Vila do Conde e a ficarem exiladas até ao fim das suas vidas, em terras de Atei,
onde ainda hoje existe um lugar com o nome de Freiras. Outras foram para a Ilha da Madeira para um lugar que veio a ter o nome de Curral das Freiras.
Bernardo Carvalho nº8  7ºB

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