segunda-feira, 24 de maio de 2021

LUGARES LITERÁRIOS – EÇA DE QUEIRÓS E A CASA DE TORMES

 

No âmbito das comemorações do dia do autor português, a Biblioteca Municipal de Mondim de Basto, em articulação com o Agrupamento de escolas, promoveu, hoje,  a apresentação do livro Eça de Queirós e a Casa de Tormes,  da autoria de Secundino Cunha, destinada aos alunos do 11º ano.


Segundo o autor, esta obra pretende não só dar a conhecer o lugar que Eça de Queirós escolheu para se fixar em Portugal, no fim da sua vida, como também divulgar o cenário do livro A cidade e as serras, publicado postumamente. Secundino Cunha referiu que esta obra convida a visitar a sede da fundação Eça de Queirós e a experimentar o célebre caminho pedestre de Jacinto (entre a estação de Aregos e a quinta de Vila Nova/Tormes), um jovem português, oriundo de uma família abastada, que vive em Paris rodeado de todos os luxos, das mais recentes descobertas da ciência e da mais moderna tecnologia. Tudo à sua volta está «abarrotado de Civilização», mas a sua insatisfação e o seu aborrecimento são permanentes. Até que decide ir até Tormes, terra natal dos seus antepassados. Para a viagem da capital francesa até à província portuguesa, são preparadas dezenas de caixotes e malas, mas inesperadamente acaba por chegar sem nada. Este acaso vai permitir-lhe experimentar as coisas simples da vida e é então que ocorre uma mudança profunda: privado das coisas materiais, o seu lado humano floresce e Jacinto torna-se uma pessoa diferente.Após a apresentação, e no período dedicado a perguntas dos alunos, Secundino Cunha falou da relação entre a literatura e o jornalismo, da arte de bem escrever, ontem e hoje, e do mundo de descobertas que a obra queirosiana potencia, a par das inúmeras referências geográficas e biográficas que perpassam a obra de um dos mais notáveis escritores portugueses.

Esta atividade constituiu um momento fantástico de descoberta, de revisitação da obra deste autor maior da literatura portuguesa e um apelo a uma visita in loco ao cenário de uma obra que merece ser lida à luz do século XXI – A cidade e as serras.




















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